sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

El Chaiten a Chile Chico

O dia 17/02 prometia ser puxado, iriamos enfrentar a Ruta 40. Tivemos que pagar o hotel com dolares devido a falta de pesos, que ja foi comentado anteriormente, ainda bem que o dono era bem simpatico, pena que não se pode dizer o mesmo do frentista e dono do unico posto de gasolina de El Chaiten. Foi bem grosso no atendimento, ainda mais quando pedimos para que completasse bem o tanque e que enchesse 3 garrafas, com 5L cada, de gasolina. Rodarmos 700km até Chile Chico, no Chile, dos quais aprox. 500km foram na Ruta 40, que era um dos grandes objetivos da viagem, aproveitamos e passamos pela Curva de Las Manos. Praticamente todo o percurso é deserto de cidade, havia uma unica vila, Bajo Caracoles, que tinha apenas uma lanchonete como opção de local de almoço e 2 bombas de combustivel, que estavam vazias, por isso os 15L extras de gasolina. O segundo desafio do dia era passar pelo Paso Rio Jeinemeni sem ter que novamente abandonar o Allan e o Nondas para trás, mas antes passamos por Los Anticos a capital da cereja na Argentina, onde pagamos 10 pesos por uma sacola cheia de cereja e ciruelas, que tivemos que comer antes de chegar ao Paso. Dessa vez se encontava bem vazia a Aduana do lado Argentino, onde não tivemos nenhum problema, do lado Chileno tambem não houve problema em relação a entrada do Nondas com a identidade danificada. Paramos para jantar em Chile Chico no restaurante Dona Elizabeth, o proprietario nos atendeu de maneira bem rude, mas depois descobrimos que ele só estava brincando com nós, mas ele gostou mesmo é do Allan, corrigiu a maneira de sentar dele e não o deixou beber vinho, pois segundo ele o Allan ainda estava verde... Dormimos em uma hospedagem proximo do restaurante.

El Chatein 15 e 16/02

Como na noite anterior haviamos chegado tarde dormimos um pouco  mais que o normal. Enquanto tomavamos café da manha e decidiamos que passeio seria feito conhecemos um casal de Brasila que desceram a Carretera Austral, fizeram o Passo para a Ruta 40 em uma viagem de 20 dias de bicicleta, como todos que conhecemos reclamaram bastante do vento. Logo após uma rápida conversa ficou decidido que eu( Bárbara ), Luciano e Allan iriamos fazer um trekking de 30km para a Laguna Torres, que apesar de ser longa era de nivel de dificuldade mediano, quase não há subidas e as que tinham era de nivel moderado se comparado com as de Torres del Paine. Gastamos 4h para ir e 3h30min para voltar, mas fizemos várias paradas ao longo do percurso pois estavamos com os pés com bolhas e pequenos cortes de tanto andar, a cinalização indicando o inicio da trilha é bem fraca e os moradores locais não ajudam muito, quem nos ajudou foram outros turistas. Enquanto isso, Rose e Nondas levaram algumas roupas na lavanderia e em seguida foram ao mirador Cerro, que é no caminho da Laguna Torres, porém por falta de cinalização eles acabaram subindo um pequeno trecho do Monte Fitz Roy, que tem uma caminhada bem puxada. Eles acabaram voltando e almoçando na cidade, enquanto nós faziamos um lanchinho no mirador. Nos reencontramos no hotel e fomos jantar, no dia 15/02 comemos mais cedo que o normal, estavamos famintos, loucos para descansar e no dia seguinte eu, o Luciano, a Rose e o Allan teriamos que levantar cedo. O dia mal amanheceu e ja estavamos levantando, eu e o Luciano iriamos fazer um Ice Trekking no Glacial Viedma, o maior da Argentina, com aprox. 980km quadrado de gelo, e a Rose nos levaria até a Bahia Tunel onde pegamos o catamarã para o Glacial. Foram aprox. 50min navegando no lago Viedma até chegarmos no monte de pedras onde desembarcamos e fomos divididos em grupos menores. Com menos de 20min de caminhada chegamos ao inicio do Glacial, nos deram os grampos e algumas dicas sobre como andar no gelo, após as informações iniciamos nosso trekking. No começo você estranha um pouco, também não é pra menos, os grampos são pesados e "grudam" bem no gelo, exigindo mais força para caminhar. Novamente nos disseram que era um dia anormal, o sol estava radiante e não havia uma nuvem nos atrapalhando. Tivemos a sorte de passar em um tunel horizontal de gelo, os verticais são mais frequentes e geralmente formam sumidouros, que são formados pela água do derretimento do gelo. Resumindo, a experiencia é unica, vale muito apena, além de tudo fizemos amizade com uns argentinos simpaticos que nos deram algumas dicas sobre a estrada. Almoçamos sobre as pedras antes de voltarmos. A Rose acabou não fazendo o Ice Trekking por que  não quis, ja o Nondas e o Allan não fizeram por que já haviam feito um trekking semelhante no Glacial Perito Moreno. Quando retornamos a Rose e o Nondas nos esperavam na Bahia. Voltamos para El Chaiten e aproveitamos o resto do dia para conhecermos a Ruta 23 que vai até a Laguna del Deserto, pasando por lindas lagoas, montes encobertos de neve e perto do Fitz Roy. O Luciano, corajoso, andou até o Glacial Opsala, enquanto o esperavamos no carro. Na volta para a cidade nos deparamos com um casal pedindo carona, que é muito comum por toda a região, ficou um pouco apertado mas dava para aguentar até a cidade. Por conhecidencia haviamos conhecido o casal de alemães no dia anterior no caminho para a Laguna Torres, pelo que contaram eles estavam fazendo um trekking que ja durava mais de 12h e ainda faltava uns 10km até chegarem a cidade. Esperavamos encontrar o Allan no caminho de volta, mas não o encontramos. Enquanto faziamos o Ice Trekking o Allan tinha ido fazer uma caminhada de 26km de nivel dificil ao Monte Fitz Roy, que teve a duração de 4h de subida, 1h30min de descanso e para admirar a maravilhosa paisagem e mais 4h de descida. Segundo ele a paisagem é muito linda e vale apena cada dor, calo e bolha adquirida. Nos encontramos novamente no hotel e fomos jantar. Como não tinhamos pessos argentinos sulficiente para pagar o hotel e o restaurante, e lá não tinha banco, saimos a procura de um que aceitace cartão. Achamos o Patagonicos, uma pizzaria, que por sinal estava ótima, os sabores mais elogiados foram a de esparragos e cordeiro patagonico.





















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Cerro Castilo a El Chaiten

Saimos de Cerro Castilo dia 14/02 após um delicioso café da manha, dessa vez tinha torta de ameixa, era meio estranho só ter nós 3 de hospede. Procuramos posto de combustivel mas fomos informados que lá não tinha, ainda bem que o combustivel dava para chegar até El Calafate, onde encontrariamos o Allan e o vô Nondas. Chegamos perto da hora do almoço, os pegamos na pousada em que estavam hospedados, replanejamos o espaço das malas e saimos a procura de um respaurante. Não me recordo do nome, mas ficava na avenida principal, o atendimento e a comida não estavam bons. Logo após o almoço fomos ao Parque Nacional dos Glaciares, onde se encontra o famoso Glacial Perito Moreno, conhecido por suas quedas, apesar de estar em constante crescimento. O ingresso é 70 pesos e menor de 18 anos não pagam, vale muito apena, o parque é muito bem cuidado e cheio de passarelas que facilitam o acesso ao Glacial. Assim que chegamos ficamos encantados com o tamanho do Perito Moreno e fomos informados pelo Allan( que dois dias anterior havia feito o Mini Trekking com o vô Nondas ) que o lago do lado sul ja estava fechado, isso significa que logo acontecera sua famosa queda. Porém, não tivemos a sorte de presencia-la, mas vimos algumas pequenas quedas, que apesar de pequenas fazem um barulho enorme desde o inicio da rachadura até o momento da queda. Depois do parque passamos em um mercado para comprar mantimentos para trekking, fizemos uma parada para tomar uma sopa e partimos para El Chaiten, que fica aprox. 200km de distancia pela Ruta 40 de El Calafate, fomos aconselhados a fazer esse trecho de dia, a paisagem é muito linda, mas tivemos que fazer de noite mesmo. Assim que chegamos em El Chaiten( a capital do trekking, a cidade do Monte Fitz Roy e onde fica a maior geleira da América Latina ) procuramos um hotel, mas como estava tarde a maioria estava fechado ou cheio, por sorte encontramo a Hosteria Los Nires, onde fomos muito bem recebidos pelo proprietario. Obs: saia sempre com o tanque cheio e certifique-se onde você encontrará o proximo posto. Cidades com Puerto Natales, Cerro Castilo, El Calafate e El Chaiten "fecham" cedo, pois a maioria dos turista fazem trekking durante o dia e de noite procuram descansar cedo, então procure não passar muito tarde por elas ou você pode correr o risco de ficar sem hospedagem. Não esqueça de sempre ter uma boa quantia de dinheiro local de reserva em mãos, essas cidades pequenas na maioria das vezes não tem banco e o comercio, a maior parte, só aceita em efectivo.
                                                             Glacial Perito Moreno