domingo, 22 de julho de 2012

Hoyo de Epuyen a San Carlos de Bariloche

Assim que amanheceu o dia 20 seguimos em direção a Bariloche, mas antes passamos pela simpática vila El Bolsón, como estávamos loucos para chegar não paramos. Porém minha felicidade não durou muito... Na minha imaginação Bariloche era uma cidadezinha aconchegante como todos sempre me disseram, mas com a desvalorização do peso argentino em relação ao real e com o crescimento do turismo a "pequena" cidade se tornou grande e com ela veio todos os seus problemas! Logo no começo nos surpreendemos por um bairro bem marginalizado e, aparentemente, sem infraestrutura nenhuma. A situação melhorou quando chegamos no centro( região realmente turística), mas não me agradou muito, achava que a cidade era bem mais bonita. Com a cidade infestada de brasileiros, como em Buenos Aires, decidimos nos separar para achar um hotel, que não foi difícil devido a demanda de turistas. Tiramos todas as malas e fomos almoçar no Familia Weiss, que servia ótimos pratos. Devido as aventuras da Ruta 40 os homens foram levar o carro para um check up e eu e a Rose fomos conhecer o centro, ou tentar, pois era o horário da ceia deles e poucas lojas estavam abertas. Esse passeio vale a pena para passar nas lojas de chocolate e concluimos que  a melhor de todas era a Mamuschka. Conforme havíamos combinado nos reencontramos no hotel e fizemos uma pausa para descansar. 
A noite chegou e saímos para jantar. Como os restaurantes e as lojinhas ficavam muito próximos eu e o Allan fomos andar e o resto foi para o restaurante. Como não estávamos com fome, eu e o Allan decidimos saborear os famosos sorvetes da Heladeria Jauja, que realmente eram espetacular!  

Vila Mañihuales a Hoyo de Epuyen


Após uma noite bem dormida, graças á ótima calefação da cabana, tomamos nosso café da manhã graças ao kit de sobrevivência e seguimos pelas Maravilhosas paisagens da desafiadora Carretera Austral, sendo que continuavamos tendo de parar a cada 40-50Km nos piquetes dos manifestantes contra o Governo Chileno (ao final chegamos a conclusão que eles estava com razão, pois foi só sairmos desta região de Aysen para Los Lagos e observarmos que o estado das estradas e toda infra estrutura estava muito melhor cuidada, uma pena, pois não conseguimos entender o motivo do abanodono de uma região tão bela!).
Durante toda manhã estavamos andando entre os picos andinos (muitos cobertos de neves eternas) e a estrada continuava estreita e cheia de curvas perigosas, além de muitas subidas, sempre cercadas pela vegetação típica, tem uma planta de folhas enormes!
Nossa atenção estava em buscar o famoso Ventisqueiro Queulat. Ainda pela manhã paramos na beira de um lago muito lindo, com diversas cascatas de aguas azuis, tipicas do degelo, caindo quase sobre a estrada. Após algum tempo percebemos que na realidade nosso lago era o Oceano Pacifico e estavamos nos fiordes Chilenos, repleto de fazendas de Salmão (frequentemente viamos os enormes caminhões tanques os levando vivos  para os frigorificos).
Finalmente chegamos ao parque do Queulat, onde entramos para admirar o Glaciar, havia uma estrutura de apoio muito boa e as trilhas são bem sinalizadas. Todos fomos a um mirante bem próximo do estacionamento, mas apenas o Allan e o Luciano foram até o lago formado pelo degelo pois nosso tempo estava contado e a equipe da 3ª idade e a feminina estavam exaustas.
Aproximadamente 12:00h após alguns piquetes chegamos a pequena vila de Puyuhuapi (com aproximadamente 400Hab.) e achamos prudente almoçar, entretanto tinhamos um problema, o dinheiro estava escasso e os pequenos restaurantes locais não aceitavam dolar (tentamos fazer o câmbio em um mercado que trocava dolares numa cotação bastante vantajosa (para eles é claro) mas por incrível que pareça não tinham pesos suficientes para uma nota de US$ 100,00 e nós não tinhamos notas de outro valor), fizemos as contas, dava para almoçar desde que não tomassemos vinho, escolhemos um simpático restaurante todo em madeira e vidro, inclusive a cozinha ficava totalmente visível atravéz de uma enorme parede de vidro, muito aconhegante. Explicada nossa precaria situação financeira a simpatica dona nos permitiu abrir nossa própria garrafa de vinho para acompanhar a refeição, o Salmão grelhado mais fresco que ja comemos na vida (afianal as fazendas estavam a poucos metros dali), uma delicia! (e nosso dinheiro em pesos chilenos praticamente acabou!).
Dai seguimos margeando o pacifico e os Andes em direção ao passo de Futalefú no distrito de Los Lagos, a paisagem continuou sempre exuberante, mas o alto consumo da mistura combustível começou a nos preocupar, mas apesar deste detalhe e de termos novamente de contar uma longa história para passar o Vô Nondas sem documentos pelos paços fronteiriços, chegamos a pequena vila de  Trevelin na Argentina e fomos direto par abastecer, onde, naturalmente, devido aos problemas do vizinho Chile não havia combustível também, voltamos a apelar e combramos 02 litros de alcool no mercado local (aprox. R$ 7,00 cada litro) e seguimos para chegar até Esquel, uma cidade maior onde finalmente encontramos combustível (apesar de ter fila) e dai seguimos para Bariloche, entretanto  nosso desejo não foi o mesmo de São Pedro, tivemos que parar na vila de Hoyo de Epuyen, próxima a El Bolson, pois chovia muito, a estrada era meio perigosa e ainda faltava muito para chegar no destino final, assim dormimos mais uma vez em cabana, essa não era tão bonita quanto a outra mas "quebrava o galho". Nosso kit de sobrevivência foi requisitado mais uma vez, pena que o banquete não foi glorioso como o anterior.



 Amanhecendo o dia na Cabana
 Paisagens da Carretera Austral




 Plantas com folhas enormes

 Parada para observar uma cascata
 Os rios formados pelo degelo, aguas com o típico tom cinza-azulado
 A todo momento Glaciares que parecem cair sobre a estrada
 Paisagens de tirar o folego
 "Lago" que descobrimos ser o pacifico
 Barbara no Queulat
 Ponte para o Mirante do Queulat
 Lago formado pelo degelo do Ventisqueiro Queulat
 Os piquetes de Protesto contra o governo Chileno
 Fazendas de Salmão
As pontes metálicas comprovam o enorme custo da Carretera Austral

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Coyhiaque a Vila Mañihuales

Logo pela manha tinhamos que decidir o que fariamos, enquanto o Luciano, o Allan e o Nondas sairam para entrar na fila de combustivel eu e a Rose ficamos para arrumar as coisas. Tivemos que esperar os homens na recepção do hotel, foi até engraçado, toda hora escutavamos a recepcionista dizendo que algo estava acabando, era a carne, era a lenha... Ai nos tocamos, que devido aos piquetes( barreiras feitas pelos manifestantes no meio da estrada, onde caminhões são impedidos de prosseguir viagem e os carros eram liberados com 1:30 a 2 horas de espera ), que ja duravam 10 dias e continua ate hoje, as coisas estavam começando a faltar, inclusive lenha e comida. Enquanto isso, os meninos que estavam na fila de combustivel foram informados que ainda nem tinha previsão para chegar a gasolina, pouco folgados, fireram amizade com o pessoal da fila e pediram para que guardassem o lugar deles enquanto voltavam ao hotel. Quando chegaram procuramos na internet se tinha problema colocar metanol em carro flex e descubrimos que se tinha gente que adulterava o combustivel com metanol provavelmente não teria problema abastecer o carro com isso. Do hotel eu e a Rose saimos atras de alcool para abastecer o veiculo, ja que com o carro flex teoricamente poderiamos abastecer com alcool. No total foram 45L de alcool e metanol, que foram comprados em farmacias, supermecado e materias de construção. Foi o abastecimento mais caro que ja fizemos, ja que cada litro de alcool custava mais que 5 reais. Acabamos gerando mais uma prova da teoria da evolução de Darwin, não são os mais fortes ou os mais rapidos que sobrevivem, e sim os que se adaptam. Bendito carro flex!! Obs: o resultado foi ótimo, pois alem de um pequeno aumento do consulmo médio, do frio e da mistura o carro continuou funcionando perfeitamente. Almoçamos e partimos pela Carretera Austral em sentido norte, o primeiro trecho estava ótimo, só tinhamos que parar devido aos piquetes, que acabaram atrasando a nossa viagem. Chegamos na Vila Mañihuales ja anoitecendo, lembrando que no verão anoitece as 22h, e fomos parados em mais um piquete, como ainda faltava muito para onde iriamos dormir e nos falaram que a cidade estava com os hoteis cheios decidimos voltar 2km e dormir em umas cabanas que haviamos visto. Era uma gracinha, muito arrumadinha, tinha um fogão e um aquecedor a lenha, imagina se não faz frio. Graças ao nosso kit de comida não fomos dormir sem comer. Para a entrada tinha salame, torradas, queijo, cerejas( colhidas pelo Allan ) e vinho, de prato principal tivemos sopa e miojo, foi um jantar bem rasoavel para quem estava em uma cabana.

Chile Chico a Coyhiaque

No dia anterior quando entramos no Chile haviam nos avisado sobre a falta de combustivel devido a protestos da provincia de Aysén, mas o Luciano decidiu encarar mais uma aventura na viagem. Antes de partimos os homens deram uma passada no lago para jogar água no carro, creio que deveria ter uns 20kg só de barro, e aproveitamos para trocar dinheiro com um senhor que estava hospedado no hotel, nunca é bom andar sem dinheiro, isso foi necessario pois não sabiamos se conseguiriamos entrar novamente no Chile. Andamos aprox. 100km contornando o lago General Carrera, que é o segundo maior lago da America, conhecido tambem como lago Buenos Aires no lado Argentino. A estrada era de ripio e bem perigosa, o tempo todo estavamos entre paredões e precipicios, mas com paisagens maravilhosas e graças a sua grande profundidade os tons de azul que variam na água são de tirar o folego. Quando chegamos em Puerto Guadal passamos rapidamente na Pousada El Mirador, que ja haviamos visto pela internet, mas não serviam almoço só janta. Fomos almoçar em um restaurante dentro da cidade, era bem pequeno, a dona era caixa, garçonete e cozinheira, o unico prato era frango com algum complemento. Ali fomos informados que não havia nenhum tipo de combustivel nem em Coyhaique. De lá andamos 40km até Puerto Tranquilo, que ao nosso ver parecia ser mais longe. O nosso proximo objetivo era ver a Capilla de Mármol, formações feitas das rochas de marmore desgastadas pela água no decorrer de milhões de anos. Para isso fizemos um passeio de barco, 5.000 pesos chilenos por pessoa( a descida de carro ate o lago foi facil, o duro seria a subida ). Realmente eram muito bonitas, principalmente pelo contraste feito pela água azul com o marmore branco. Poderiam ter avisado na placa para só descer carros 4x4, pois na volta tivemos que dar um empurrãozinho para o carro subir, foi bem engraçado, parecia o filme Pequena Miss Sunshine. Depois foram mais 80km até Coyhaique, onde paramos para dormir no Hotel Los Nires, apenas tem o mesmo nome do hotel de El Chaiten. A cidade estava lotada, lá era o unico local que tinha uma infraestrutura maior na região e devido a falta de combustivel praticamente todos paravam ali. Nós, como todos que tiveram que parar lá, estavamos sem combustivel para continuar a viagem, e nenhum posto se quer tinha uma previsão para chegar gasolina e disel. Resolvemos não ficar esquentando a cabeça, fomos jantar, o restaurante era mediano mas quebrava o galho, ja que a maioria estava encerrando o serviço.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

El Chaiten a Chile Chico

O dia 17/02 prometia ser puxado, iriamos enfrentar a Ruta 40. Tivemos que pagar o hotel com dolares devido a falta de pesos, que ja foi comentado anteriormente, ainda bem que o dono era bem simpatico, pena que não se pode dizer o mesmo do frentista e dono do unico posto de gasolina de El Chaiten. Foi bem grosso no atendimento, ainda mais quando pedimos para que completasse bem o tanque e que enchesse 3 garrafas, com 5L cada, de gasolina. Rodarmos 700km até Chile Chico, no Chile, dos quais aprox. 500km foram na Ruta 40, que era um dos grandes objetivos da viagem, aproveitamos e passamos pela Curva de Las Manos. Praticamente todo o percurso é deserto de cidade, havia uma unica vila, Bajo Caracoles, que tinha apenas uma lanchonete como opção de local de almoço e 2 bombas de combustivel, que estavam vazias, por isso os 15L extras de gasolina. O segundo desafio do dia era passar pelo Paso Rio Jeinemeni sem ter que novamente abandonar o Allan e o Nondas para trás, mas antes passamos por Los Anticos a capital da cereja na Argentina, onde pagamos 10 pesos por uma sacola cheia de cereja e ciruelas, que tivemos que comer antes de chegar ao Paso. Dessa vez se encontava bem vazia a Aduana do lado Argentino, onde não tivemos nenhum problema, do lado Chileno tambem não houve problema em relação a entrada do Nondas com a identidade danificada. Paramos para jantar em Chile Chico no restaurante Dona Elizabeth, o proprietario nos atendeu de maneira bem rude, mas depois descobrimos que ele só estava brincando com nós, mas ele gostou mesmo é do Allan, corrigiu a maneira de sentar dele e não o deixou beber vinho, pois segundo ele o Allan ainda estava verde... Dormimos em uma hospedagem proximo do restaurante.

El Chatein 15 e 16/02

Como na noite anterior haviamos chegado tarde dormimos um pouco  mais que o normal. Enquanto tomavamos café da manha e decidiamos que passeio seria feito conhecemos um casal de Brasila que desceram a Carretera Austral, fizeram o Passo para a Ruta 40 em uma viagem de 20 dias de bicicleta, como todos que conhecemos reclamaram bastante do vento. Logo após uma rápida conversa ficou decidido que eu( Bárbara ), Luciano e Allan iriamos fazer um trekking de 30km para a Laguna Torres, que apesar de ser longa era de nivel de dificuldade mediano, quase não há subidas e as que tinham era de nivel moderado se comparado com as de Torres del Paine. Gastamos 4h para ir e 3h30min para voltar, mas fizemos várias paradas ao longo do percurso pois estavamos com os pés com bolhas e pequenos cortes de tanto andar, a cinalização indicando o inicio da trilha é bem fraca e os moradores locais não ajudam muito, quem nos ajudou foram outros turistas. Enquanto isso, Rose e Nondas levaram algumas roupas na lavanderia e em seguida foram ao mirador Cerro, que é no caminho da Laguna Torres, porém por falta de cinalização eles acabaram subindo um pequeno trecho do Monte Fitz Roy, que tem uma caminhada bem puxada. Eles acabaram voltando e almoçando na cidade, enquanto nós faziamos um lanchinho no mirador. Nos reencontramos no hotel e fomos jantar, no dia 15/02 comemos mais cedo que o normal, estavamos famintos, loucos para descansar e no dia seguinte eu, o Luciano, a Rose e o Allan teriamos que levantar cedo. O dia mal amanheceu e ja estavamos levantando, eu e o Luciano iriamos fazer um Ice Trekking no Glacial Viedma, o maior da Argentina, com aprox. 980km quadrado de gelo, e a Rose nos levaria até a Bahia Tunel onde pegamos o catamarã para o Glacial. Foram aprox. 50min navegando no lago Viedma até chegarmos no monte de pedras onde desembarcamos e fomos divididos em grupos menores. Com menos de 20min de caminhada chegamos ao inicio do Glacial, nos deram os grampos e algumas dicas sobre como andar no gelo, após as informações iniciamos nosso trekking. No começo você estranha um pouco, também não é pra menos, os grampos são pesados e "grudam" bem no gelo, exigindo mais força para caminhar. Novamente nos disseram que era um dia anormal, o sol estava radiante e não havia uma nuvem nos atrapalhando. Tivemos a sorte de passar em um tunel horizontal de gelo, os verticais são mais frequentes e geralmente formam sumidouros, que são formados pela água do derretimento do gelo. Resumindo, a experiencia é unica, vale muito apena, além de tudo fizemos amizade com uns argentinos simpaticos que nos deram algumas dicas sobre a estrada. Almoçamos sobre as pedras antes de voltarmos. A Rose acabou não fazendo o Ice Trekking por que  não quis, ja o Nondas e o Allan não fizeram por que já haviam feito um trekking semelhante no Glacial Perito Moreno. Quando retornamos a Rose e o Nondas nos esperavam na Bahia. Voltamos para El Chaiten e aproveitamos o resto do dia para conhecermos a Ruta 23 que vai até a Laguna del Deserto, pasando por lindas lagoas, montes encobertos de neve e perto do Fitz Roy. O Luciano, corajoso, andou até o Glacial Opsala, enquanto o esperavamos no carro. Na volta para a cidade nos deparamos com um casal pedindo carona, que é muito comum por toda a região, ficou um pouco apertado mas dava para aguentar até a cidade. Por conhecidencia haviamos conhecido o casal de alemães no dia anterior no caminho para a Laguna Torres, pelo que contaram eles estavam fazendo um trekking que ja durava mais de 12h e ainda faltava uns 10km até chegarem a cidade. Esperavamos encontrar o Allan no caminho de volta, mas não o encontramos. Enquanto faziamos o Ice Trekking o Allan tinha ido fazer uma caminhada de 26km de nivel dificil ao Monte Fitz Roy, que teve a duração de 4h de subida, 1h30min de descanso e para admirar a maravilhosa paisagem e mais 4h de descida. Segundo ele a paisagem é muito linda e vale apena cada dor, calo e bolha adquirida. Nos encontramos novamente no hotel e fomos jantar. Como não tinhamos pessos argentinos sulficiente para pagar o hotel e o restaurante, e lá não tinha banco, saimos a procura de um que aceitace cartão. Achamos o Patagonicos, uma pizzaria, que por sinal estava ótima, os sabores mais elogiados foram a de esparragos e cordeiro patagonico.





















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Cerro Castilo a El Chaiten

Saimos de Cerro Castilo dia 14/02 após um delicioso café da manha, dessa vez tinha torta de ameixa, era meio estranho só ter nós 3 de hospede. Procuramos posto de combustivel mas fomos informados que lá não tinha, ainda bem que o combustivel dava para chegar até El Calafate, onde encontrariamos o Allan e o vô Nondas. Chegamos perto da hora do almoço, os pegamos na pousada em que estavam hospedados, replanejamos o espaço das malas e saimos a procura de um respaurante. Não me recordo do nome, mas ficava na avenida principal, o atendimento e a comida não estavam bons. Logo após o almoço fomos ao Parque Nacional dos Glaciares, onde se encontra o famoso Glacial Perito Moreno, conhecido por suas quedas, apesar de estar em constante crescimento. O ingresso é 70 pesos e menor de 18 anos não pagam, vale muito apena, o parque é muito bem cuidado e cheio de passarelas que facilitam o acesso ao Glacial. Assim que chegamos ficamos encantados com o tamanho do Perito Moreno e fomos informados pelo Allan( que dois dias anterior havia feito o Mini Trekking com o vô Nondas ) que o lago do lado sul ja estava fechado, isso significa que logo acontecera sua famosa queda. Porém, não tivemos a sorte de presencia-la, mas vimos algumas pequenas quedas, que apesar de pequenas fazem um barulho enorme desde o inicio da rachadura até o momento da queda. Depois do parque passamos em um mercado para comprar mantimentos para trekking, fizemos uma parada para tomar uma sopa e partimos para El Chaiten, que fica aprox. 200km de distancia pela Ruta 40 de El Calafate, fomos aconselhados a fazer esse trecho de dia, a paisagem é muito linda, mas tivemos que fazer de noite mesmo. Assim que chegamos em El Chaiten( a capital do trekking, a cidade do Monte Fitz Roy e onde fica a maior geleira da América Latina ) procuramos um hotel, mas como estava tarde a maioria estava fechado ou cheio, por sorte encontramo a Hosteria Los Nires, onde fomos muito bem recebidos pelo proprietario. Obs: saia sempre com o tanque cheio e certifique-se onde você encontrará o proximo posto. Cidades com Puerto Natales, Cerro Castilo, El Calafate e El Chaiten "fecham" cedo, pois a maioria dos turista fazem trekking durante o dia e de noite procuram descansar cedo, então procure não passar muito tarde por elas ou você pode correr o risco de ficar sem hospedagem. Não esqueça de sempre ter uma boa quantia de dinheiro local de reserva em mãos, essas cidades pequenas na maioria das vezes não tem banco e o comercio, a maior parte, só aceita em efectivo.
                                                             Glacial Perito Moreno









domingo, 19 de fevereiro de 2012

Puerto Natales a Cerro Castilo

Para aproveitar ao maximo Torres del Paine no dia 13/02 saimos o mais cedo possivel, porém não fomos os unicos, acho que o albergue todo levantou para ir ao parque. De P. Natales a Portaria Laguna Amarga foram mais ou menos 150km passando por Cerro Castilho, tivemos que parar para perguntar e mais uma vez fomos bem informados, a cinalização é muito fraca. No parque há uma competição entre a Portaria Sarmiento e a Laguna Amarga para ver qual é a mais bonita, mas creio que ambas são lindas. Na portaria pagamos 15.000 pesos chilenos por pessoa( aprox. 58 reais, menor não paga ). Por conta do atraso em Ushuaia tivemos que cortar 1 dia em T. del Paine para ficar em dia com o roteiro, por isso optamos fazer o circuito da base das torres, que sai do Hostel Las Torres. Como sempre tivemos uma incrivel sorte de pegar um belo dia ensolarado, onde nenhuma nuvem encobria as torres, para o pessoal de apoio do parque foi um dia atipico. Andamos 4,5km( de subida ) até o Acampamento Chileno, onde paramos para fazer nosso primeiro lanche, a temperatura varia o tempo todo comforme você anda. Apesar de que fazia um belo dia de sol é recomendado sempre ir bem agasalhado( as temperaturas mudam bruscamente ), levar capa de chuva, ir com sapato adequado para trekking, levar comida e muita água. Do acampamento foram mais 4,5km até a Base de las Torres ( com muita subida, pedra e nevasca ), porém só eu e o Luciano chegamos lá, a Rose desistiu faltando menos de 2km. A vista é simplesmente maravilhosa, todo o esforço foi recompensado. Fizemos um rápido lanche de baixo da nevasca e logo começamos a descer, o caminho era longo. Encontramos a Rose no Acampamento Chileno e novamente paramos para um lanche. Os 4,5km finais foram bem puxado, você anda, anda e anda e parece que não chega nunca. Assim que nós tres nos juntamos no estacionamento fomos abordados por um jovem casal que pedia carona para a portaria, e claro, demos carona. Descobrimos que o casal chileno estava caminhando 8 dias pelo parque fazendo o Circuito W, gostei de saber, pois pretendo fazer esse percurso com o Allan em uma próxima viagem. Antes de sairmos do parque passamos na administração para saber até que horas o Passo( fronteira do Chile para a Argentina ) ficaria aberto e nos informaram que fechava as 20h, como não queriamos perder tempo nos arriscamos a ir para El Calafate na Argentina, mas tivemos que dormir em Cerro Castilo, que era onde ficava o Passo. Chegamos tarde, mas com muito custo conseguimos um hotel, a cidade era minuscula, só tinha dois hoteis. O hotel, antigamente era uma casa de um barão, tudo muito grande e no estilo provençal, tudo parecia ter cido tirado de um filme de terror, até a luz acabou( a eletricidade da cidade era a base de gerador, então meianoite a luz acaba e só volta as 6:00 ).

                                              Caminho para Torres del Paine

                                                     Laguna Amarga

                                              Mirador da base das torres


As paisagens são maravilhosas...assim que possivel postarei o resto.